A Liga dos Campeões da UEFA, anteriormente chamada Copa dos Campeões, é o principal torneio entre clubes europeus. Em 1954, o time inglês Wolverhampton fez uma excursão pela Europa, enfrentando quase todos os mais importantes times do continente. Tiveram resultados surpreendentes, batendo inclusive o gigante húngaro Honved, com Puskas, Hidegkuti e Kocsis. A imprensa inglesa celebrou o sucesso dos Wolves’ escrevendo que eles eram “o melhor time do mundo”, ou “o melhor da Europa”.
O jornalista francês Gabriel Hanot não gostou disso e afirmou que havia na Europa ao menos três times melhores do que o Wolverhampton: Real Madrid, Honved e Milan. E, como bom francês, também o Saint Etienne. Então Hanot propôs nas colunas do jornal “L'Equipe” um Campeonato Europeu de Clubes. Em 1955 a UEFA aprovou a competição, e a primeira edição teve 16 times de 16 países, sem time inglês, que atraíam pouco interesse da mídia.
O Domínio do Real Madrid
Real Madrid imediatamente venceu o torneio, após derrotar Saarbrucken e Rapid de Viena, com a final jogada em Paris contra o Stade de Reims. Os franceses lideraram o placara por duas vezes, mas no final da partida Héctor Rial marcou o gol da vitória madrilenha por 3x2. A segunda edição teve 22 participantes e o Real foi campeão mais uma vez, com a final sendo disputada desta vez em Madrid contra os italianos da Fiorentina. Foram necessários 70 minutos para o Real Madrid marcar, através de um pênalti cobrado por Di Stefano, e Gento marcando o segundo na vitória por 2x0.
Na terceira edição, em 1957/58, a Football Association (FA) inglesa resolveu participar, enviando como representante o Manchester United, mas novamente o Real Madrid conquistou o torneio, vencendo na final o AC Milan, em Bruxelas, com vitória na prorrogação por 2x1. O Manchester United foi eliminado na semifinal pelo Milan, mas após o desastre aéreo em Munique, onde oito jogadores morreram e outros ficaram seriamente feridos, os “Busby Boys” não tiveram como fazer mais.
Em 1958/59, Real Madrid venceu novamente o Stade de Reims na final, desta vez com mais facilidade. Em 1959/60, outro triunfo dos Merengues, 7x3 sobre o Frankfurt: Real Madrid é o único time na história a vencer o torneio por cinco vezes consecutivas.
Benfica, depois Milan, mandam
Em 1960/61, o Real Madrid foi eliminado pelos seus rival histórico, o Barcelona. Os catalães avançaram à final, na qual os portugueses do Benfica venceram por 3x2 num jogo fantástico em Berna. O Benfica repetiu a dose no ano seguinte vencendo por 5x3 com dois gols de Eusébio, o “Pantera Negra”. A dominação dos times do sul da Europa continuou em 1962/63: a sede da final foi o lendário Estádio de Wembley, e o Milan de Rivera, Altafini e Trapattoni bateram os detentores do título por 2x1, e Altafini foi o goleador máximo com 14 gols.
Após o Milan, seu rival Internazionale venceu duas edições seguidas: 1963/64 em Viena ao bater o Real Madrid por 3x1 e 1964/65 em seu estádio, o San Siro, batendo o Benfica por 1x0 debaixo de chuva. Até hoje, Milão ainda é a única cidade da Europa com dois times vencedores da Copa dos Campeões. Em 1965/66, o Real Madrid derrotou o Partizan Belgrado em Bruxelas por 2x1. Novamente, um campeão do sul da Europa.
Em 1966/67, o time mais fraco do torneio, o Celtic – uma equipe com nove jogadores nascidos e criados nos arredores do Celtic Park – venceu surpreendentemente a Copa dos Campeões em Lisboa, vencendo a Inter de Milão por 2x1. Um ano mais tarde, o Manchester United foi o primeiro inglês a vencer o torneio, batendo o Benfica após uma prorrogação suprema (placar final de 4x1, após empate no tempo normal em 1x1). Em 1968/69, o Milan voltou ao topo da Europa ao vencer o Ajax.
No ano seguinte, outro time holandês voltou a decidir o torneio, desta vez para vencer: o Feyenoord conquistou o título ao bater o Celtic na prorrogação. Foi o primeiro dos quatro títulos consecutivos vencidos por times holandeses, mas os três seguintes foram conquistados pelo Ajax: Crujff, Suurbier, Neeskens e Muhren lideraram o time nas vitórias sobre, respectivamente, Inter de Milão e Juventus. Depois do tricampeonato do Ajax, outro tri: o Bayern de Munique, venceu por 4x0 na repetição contra o Atlético Madrid em 1973/74, Leeds United em 1974/75 e Saint Etienne na temporada seguinte.
O Império Inglês
Entre 1977 e 1984, sete das oito finais da Copa dos Campeões foram vencidas por times ingleses, com uma única exceção do Hamburgo em 1983. O Liverpool venceu o torneio numa dura final em Roma (3x1 contra o Borussia Moenchengladbach) em 1976/77. Agora eram 33 competidores, e todos os países da Europa estavam na competição. Em 1977/78 o Liverpool (com Clemence, Neal, Kennedy, Keegan) repetiu a conquista em Londres, derrotando o Brugges, que dominava o cenário local da Bélgica. O Liverpool participou da edição 1978/79 como detentores do título, mas foi eliminado na primeira fase, derrotado pelo campeão inglês, o Nottingham Forest. Os “outros” Reds, com Trevor Francis, bateu a surpresa sueca Malmoe e conquistou o título.
Em 1979/80, como detentores do título, conquistaram o bicampeonato com uma vitória de 1x0 sobre o Hamburgo. Atualmente o Nottingham Forest disputa a League One, terceira divisão inglesa, e é o único time que possui mais títulos europeus, dois, do que nacionais, apenas um. O Liverpool voltou a conquistar o título em 1980/81 e no ano seguinte foi a vez do Aston Villa. O Hamburgo venceu a edição 1982/83 (1x0 sobre o Juventus, em Atenas) e o Liverpool encerrou a era do “Império Inglês” em 1983/84, na disputa de pênaltis contra a Roma de Falcão, em pleno Estádio Olímpico de Roma.
A Tragédia de Heysel
A final da Liga dos Campeões de 1984/85 é relembrada não pelo resultado, mas pelo que aconteceu antes do jogo: um muro foi derrubado à força pelos torcedores do Liverpool, e 39 pessoas, a maioria torcedores do Juventus, morreram. A Juventus venceu uma triste final, e os clubes ingleses foram banidos após este triste fato. Isto mudou o cenário da Copa dos Campeões de fato na edição 1985/86 quando o Steaua Bucareste venceu a disputa de pênaltis em Sevilha, contra o Barcelona. O herói da partida foi o goleiro romeno, Helmut Duckadam: ele defendeu todas as cobranças espanholas, mas teve que parar de jogar após uma contusão na mão.
No ano seguinte, a zebra Porto derrotou o favorito Bayern de Munique, e o artilheiro argelino Madjer marcou um golaço de bicicleta. Em 1987/88 o PSV Eindhoven tornou-se o terceiro time holandês a vencer a Copa dos Campeões, curiosamente sem vencer nenhum jogo desde as quartas-de-final, sempre se classificando pelo critério de gols marcados fora de casa. A final contra o Benfica foi vencida na disputa de pênaltis. O Steaua Bucareste chegou mais uma vez a uma final na edição 1988/89 e tentou um histórico segundo título, mas o Milan e seu trio holandês Gullit – van Basten – Rijkaard foi mais forte. Os italianos também venceram a edição 1989/90 da Copa dos Campeões, desta vez contra o Benfica por 1x0, com gol de Rijkaard.
Manchester United e a Tríplice Coroa
Depois do Steaua Bucareste, a taça foi de novo para o Leste Europeu na edição 1990/91, com a conquista do Estrela Vermelha de Belgrado, de Prosinecki, Pancev and Savicevic. O time iugoslavo enfrentou o Olympique de Marselha, e o jogo terminou com o placar em branco e levou o título nos pênaltis. O Barcelona finalmente chegou ao título na edição 1991/92, com um gol de pênalti de Ronald Koeman. O formato mudou naquele ano, com dois grupos de quatro cada em lugar das quartas-de-final e semifinais.
Em 1992/93, o torneio não mudou de formato, mas de nome, tornando-se Liga dos Campeões da UEFA. O Olympique de Marselha venceu o Milan na final por 1x0, gol do zagueiro Basile Boli. Entretanto, o time francês (o único do país a vencer o torneio em toda a história), perdeu o direito de disputar a final intercontinental por conta do escândalo de suborno no campeonato francês daquela temporada, liderado pelo dirigente Bernard Tapie.
Um outro formato foi implantado na edição 1993/94: após a fase de grupos, uma semifinal em partida única (vencedores jogando em casa contra os segundos colocados dos outros grupos). O Milan goleou o Barcelona na final por 4x0 em Atenas. Em 1995 os Rossoneros chegaram à terceira final seguida, mas o Ajax conquistou sua 4ª Liga dos Campeões, graças a um gol de Kluivert.
Nova mudança no formato em 1995/96: rodada preliminar, quarto grupos, com o mata-mata começando a partir das quartas-de-final. O Ajax tentou o bicampeonato, mas a Juventus conquistou o título em Roma no dia 22 de maio de 1996, na disputa de pênaltis. Então a Juventus perdeu duas finais seguidas, em Munique para o Borussia Dortmund em 1996/97 e para o Real Madrid em 1997/98, 32 anos depois da última conquista dos Merengues, que venceram por 1x0 com um gol (supostamente em impedimento) marcado por Pedrag Mijatovic.
Em 1998/99, uma incrível vitória do Manchester United – Os Diabos Vermelhos perdiam para o Bayern de Munique quando Sheringham e Solskjaer marcaram aos 47 e aos 49 do segundo tempo. O Manchester United conquistaram a tríplice coroa naquela temporada – A FA Cup, a Liga dos Campeões e o Campeonato Inglês. Nesse meio-tempo, desde a temporada 1997/98 quando os grupos passaram a ser seis, os vice-campeões dos oito melhores países no ranking UEFA passaram a participar da Liga dos Campeões.
Um Novo Milênio
O duelo que nunca acaba entre Milan e Liverpool Outra mudança de formato em 1999/2000, com as três melhores associações de futebol representadas por 4 equipes e as outras por 3, 2 ou 1. Oito grupos de quatro, depois uma segunda fase de grupos, e então começam as quartas-de-final no sistema de mata-mata. A Liga dos Campeões foi vencida pelo Real Madrid, que venceu o Valencia na final por 3x0. Naquela edição, três times espanhóis chegaram às semifinais, o que aconteceu em 2003 com três times italianos entre os quatro melhores, e em 2005, 2007 e 2008, com três ingleses nas semifinais.
Em 2000/01, o Valencia perdeu a segunda final consecutiva, desta vez em Milão para o Bayern de Munique. O Real Madrid venceu sua nona Liga dos Campeões, numa final lembrada pelo golaço de Zidane contra o Bayern Leverkusen.
Após a Liga dos Campeões 2002/03, decidida em Manchester por dois times italianos (vitória do Milan sobre a Juventus nos pênaltis), a edição 2003/04 teve sua segunda fase de grupos modificada para o formato mata-mata com os primeiros e segundos colocados de cada um dos oito grupos. Porto e Monaco chegaram de maneira surpreendente à decisão, vencida pelos portugueses. José Mourinho era o treinador do Porto e após o título foi contratado pelo Chelsea. Maniche, Ricardo Carvalho, Deco eram as estrelas ascendentes da zebra portuguesa.
A edição 2004/05 teve uma final maluca em Istambul, com o Milan fazendo 3x0 no Liverpool ainda no primeiro tempo. Os Reds empataram nos primeiros 15 minutos da etapa final e venceram nos pênaltis, com o goleiro Jerzy Dudek fazendo a melhor partida de sua vida. O Barcelona voltou a vencer na edição 2005/06, derrotando o Arsenal na final em Paris, com o gol da vitória por 2x1 marcado pelo lateral Belletti. Em seguida, na edição 2006/07, o Milan teve sua revanche contra o Liverpool: 2x1, de novo às margens do Mediterrâneo, em Atenas, onde os milaneses já tinham vencido treze anos antes. Filippo Inzaghi marcou dois gols, e o atacante holandês dos Reds Dirk Kuyt apenas um, mas já era tarde.
Liga dos Campeões 2007/2008
A Liga dos Campeões 2007/08 foi a 16ª temporada da principal competição da UEFA dominada pelos times da Inglaterra. Liverpool, Manchester United e Chelsea derrotaram adversários difíceis como Roma, Internazionale e Lyon para avançar às semifinais da competição, com o Barcelona de “intruso”, tal como o Milan na edição anterior.
No entanto, o Barça caiu na semifinal frente ao Manchester United, que enfrentou o Chelsea na decisão. Dois dos maiores rivais do futebol inglês decidiram no Estádio Luzniki em Moscou, o título máximo do futebol europeu. Foi a segunda vez que os Red Devils e os Blues decidiram um torneio de prestígio (um ano antes os dois decidiram a FA Cup na reabertura do estádio de Wembley e o Chelsea venceu por 1x0 com gol de Drogba) e primeira vez que dois times ingleses decidiram a competição. Nos 90 minutos, Cristiano Ronaldo (artilheiro do torneio), marcou para o United e Frank Lampard empatou para o Chelsea. Na prorrogação o placar se manteve, levando a decisão os pênaltis.
Cristiano Ronaldo desperdiçou a terceira cobrança do United e quase passou de herói a vilão. Mas o capitão do Chelsea, John Terry, escorregou na quinta cobrança e chutou para fora. Nas alternadas, o goleiro van der Saar defendeu a cobrança de Anelka e o Manchester United conquistou o troféu pela terceira vez.
Esse Ano O Maior E Melhor Campeonato De Clubes Do Planeta
"A Champions League" Vai Ter O Palco Da Final Na Alemanha
Mais Expecificamente Em Münique
No Belissimo Estadio Chamado Alianz Arena Que Pertence Ao Gigante
Europeu Bayern De Münique Que Tembém É Um Favorito Ao Titulo
Da Champions League 2011/2012
Allinz Arena:
O Allianz Arena é um estádio alemão inaugurado no final de abril de 2005, localizado na parte norte de Munique, no distrito de Fröttmaning. É o estádio oficial dos times TSV 1860 Munique e Bayern de Munique (substituindo o Olympiastadion) e sediou o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2006.
O estádio foi objeto de projeto do escritório suíço Herzog & de Meuron, tendo sido apresentado internacionalmente como expoente de uma possível nova vanguarda arquitetônica em edifícios esportivos, devido a uma série de inovações introduzidas pela obra. Custo do projeto 340 milhões de euros.
Possui capacidade de até 66 mil espectadores sentados, sendo dividido em sete pavimentos e três níveis de arquibancadas. A arquibancada, planejada com base nos estádios ingleses, alcança o máximo de inclinação que a arquitetura e engenharia hoje em dia conhecem: 34 graus. É constituído por estrutura mista de aço e concreto armado. A vedação externa apresenta 1056 painéis à prova de fogo com o formato de diamantes, que são divididos em 29 anéis de 700m de comprimento. Esticados e empilhados verticalmente, eles alcançariam uma altitude de 20.300m (nível da estratosfera). Está equipado com 4 telões de plasma do tamanho de dormitórios convencionais, possuindo ainda um eficiente sistema de evacuação de emergência, que permite a completa evacuação do estádio em cerca de 15 minutos
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